Foto: Paulo Sérgio (LanceNet)
A princípio, não estava ligando muito para este clássico, devido ao segundo jogo contra o Libertad na quarta-feira, válido pela Libertadores. Porém, este jogo só serviu para alimentar minha preocupação em relação ao clube em 2012.
Depois de refletir muito, cheguei à conclusão de que o Vasco ainda não jogou bem em 2012. Os primeiros jogos pareciam mostrar um time ainda mais competitivo e forte, mas logo o rendimento caiu. Se o Vasco jogou bem em 2012, foi só (no máximo) durante uma etapa, ou para decidir o jogo de uma vez ou para tentar evitar uma derrota. O time atual está (ainda mais) dependente de Dedé, Fagner, Juninho e Felipe: sem estes 4 em campo (ou 3, pois normalmente Juninho e Felipe se revezam no time titular), o Vasco se torna um time fraco, sem um diferencial. Mesmo assim, temos um dos melhores elencos do Brasil e somos respeitados devido ao comprometimento do grupo e às grandes atuações feitas na temporada passada. Em 2012, o time está sobrevivendo de lapsos de bom futebol, além, claro, dos 4 jogadores citados anteriormente. Mas, afinal, como foi o clássico entre Botafogo e Vasco?
Minha resposta seria algo como "mais do mesmo mas com os pontos ainda mais fracos". O jogo começou nivelado, com os dois times procurando jogar pelos lados do campo, sendo que este tipo de jogada foi melhor aproveitado pelo time de General Severiano. O clube de São Januário dependia totalmente de Juninho para se organizar e criar jogadas; apesar do fato de Allan, Éder Luís e Rômulo terem sido titulares, os três não tinham ritmo de jogo e, por isso, não conseguiram executar muito bem suas funções (o melhor dos 3 no jogo, para mim e de forma surpreendente, foi Rômulo). Enfim, se o lado ofensivo não se encontrava em campo, o que dizer sobre a defesa vascaína? Fagner e Dieyson foram contidos por Fellype Gabriel e Elkeson; Douglas e Rodolfo sempre garantem emoções fortes aos vascaínos. E devido à desatenção total da defesa, saíram os dois primeiros gols do Botafogo. E desta forma, acabou o primeiro tempo. Tínhamos 45 minutos restantes para corrermos atrás do prejuízo.
Pensando nisso, a equipe cruz-maltina voltou para o segundo tempo da partida com William Bárbio no lugar de Allan. 3 atacantes: Cristóvão foi muito ousado! E , durante os primeiros 10 minutos da 2ª etapa, essa ousadia surtiu efeito: pressão vascaína, Botafogo encurralado. Tudo isso culminou em uma falta cobrada com perfeição e que terminou como um golaço marcado por FELLIPE BASTOS (!!!!!). Depois disso, o Vasco foi medíocre e o jogo, truncado. Porém, em mais um vacilo da zaga vascaínas, Fellype Gabriel marcou seu terceiro gol na partida e frustrou todos os vascaínos que esperavam por mais uma virada. Qualquer reação foi sepultada de vez pelo pênalti não existente e mal cobrado por Juninho. Enfim, mais uma noite para esquecer.
Para mim, o pior de tudo foi ter acabado escrevendo sobre algo que já esperava. Nesta semana que se foi, uma frase ficou grudada em minha mente: conversei um pouco, via Twitter, com meu colega (e também colunista do Papo Cruzmaltino) Diego Neves. Em uma de suas respostas, uma frase se destacou para mim: "O Vasco, em 2012, está ficando mais fraco ao invés de mais forte.". Essas palavras continuam reverberando em minha cabeça pois vem sendo a mais pura verdade. Isto não é "chororô" ou algo do tipo: é uma visão nua e crua sobre a atual situação do clube. Tudo o que desejo, a partir de agora, é fortalecimento. O sentimento não parou, mas a desconfiança está voltando aos poucos e isto tem que ir embora o mais rápido possível.
Saudações Vascaínas!

PapoCruzmaltino
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