Após derrota, no último domingo, diante do Botafogo, em jogo válido pela Taça Rio, o Vasco segue se preparando para o duelo decisivo da Libertadores contra o Libertad-PAR, em São Januário. A promessa é de estádio lotado e de uma grande partida, mas esse não é o assunto desta coluna: quero, na verdade, convidar os leitores a uma singela reflexão sobre o elenco cruzmaltino.Terminei meu último post neste blog, afirmando que para um clube se manter no topo é necessário que a cada temporada ele renove suas ambições, evolua e se fortaleça, essa é uma das minhas mais claras convicções. Mas o Vasco tem se fortalecido?
Do time campeão da Copa do Brasil 2011, o Gigante da Colina já se despediu do excelente Anderson Martins, do ótimo Jumar, de Ramón, Bernardo e Elton. Se uniram ao Trem-Bala, Renato Silva, Rodolfo, Fabrício, Feltri, Abelairas, Tenório e o eterno rei Juninho Pernambucano. Reforçar este grupo, assumidamente, nunca foi uma das prioridade do clube, mas mesmo focando nas reposições, elas foram a altura? Considero que não.
O retorno de Juninho é um capítulo a parte na trajetória deste time. Ele, sim, foi um feliz reforço. Com 37 anos, ainda encanta com sua categoria e impressiona ao ditar o ritmo de seus companheiros. A idade pesa, em alguns momentos tem que se
preservado, mas é Rei. Quando se aposentar deixará saudades a todos, sem dúvidas. Mas nesta coluna, me dirijo aos outro contratados, aos meros mortais que não recebem um salário mínimo.
Numa análise superficial, é fácil perceber que Thiago Feltri é o único que, em suas limitações, se iguala ao nível, baixo, de Ramón, hoje, reserva do Corinthians. Tenório, foi uma boa aquisição, mas está fora de combate por mais 6 meses; Alecssandro, agora, sequer tem um reserva. Renato, Rodolfo e Fabrício não se comparam a Anderson Martins. Abelairas é uma aposta, pode se revelar uma ótima contratação, mas, no momento, é uma incógnita. Para o lugar de Jumar, nenhum volante foi contratado.
Dificuldade financeira, mercado complicado, erro de planejamento... Argumentos e ponderações são válidas e aceitas. Mas dentro de campo, no eterno 11 contra 11 que nos motiva, a pergunta é: o Vasco está ficando mais forte ou mais fraco? Eu, infelizmente, acredito na segunda opção.