Contra o Madureira, "jogamos paciência". Um primeiro tempo pífio, feio. A torcida já estava impaciente, e com razão: más atuações tornaram-se frequentes, algo que não deveria ocorrer constantemente. No segundo tempo, os atletas cruz-maltinos tiveram calma e, comandados por Juninho, souberam impor seu estilo de jogo e administrar a partida, sem correr tantos riscos. Dessa forma, Juninho, Fellipe Bastos e Allan marcaram os gols, consolidando a liderança no grupo B da Taça do Rio. Preciso ressaltar duas coisas: Fellipe Bastos e, especialmente, Renato Silva jogaram muito bem, cumprindo de forma eficaz suas funções dentro de campo; Abelairas demonstrou seu potencial, com técnica e inteligência, ajudando o time a se organizar em campo e provando que, com o tempo, brigará pela titularidade; por último e não menos importante, é maravilhoso ver um jogador como Juninho Pernambucano defendendo a Cruz de Malta, estabelecendo assim seu status de REI da Colina. Simplesmente craque, ídolo!
Juninho, aliás, foi a grande surpresa contra o Libertad. Afinal, todos esperavam vê-lo em campo. Mas não tinha problema: o Maestro estava lá. O Vasco, durante os primeiros 25 minutos de jogo, vinha fazendo uma ótima partida; tão boa que nem parecia jogar fora de casa e contra o líder do grupo. Tamanha qualidade resultou no gol de Diego Souza. O maior erro do time foi ter praticado algo que, infelizmente, ocorreu diversas vezes na temporada passada: recuar logo após abrir vantagem. Um ponto negativo que foi usado de forma errada, pois a vantagem no placar não permitia tamanho desleixo. A equipe vascaína foi pressionada até o final da primeira etapa. O segundo tempo começou nivelado, de certa forma, mas o Vasco não foi eficiente e logo voltou a ser sufocado pelo Libertad. A situação ficou realmente dramática quando Diego Souza foi expulso, após uma cotovelada 'desnecessária' no defensor adversário. Um jogador experiente mas destemperado, o que acabou prejudicando o time em uma batalha importante. Some isso à falta de atenção dos cruz-maltinos, mais o domínio do time paraguaio, que chegamos ao gol de empate dos donos da casa. 1x1. O sufoco paraguaio continuou; o Vasco não conseguia contra-atacar de forma eficiente. No fim, o resultado foi justo; por mais que um empate fora de casa seja um ótimo resultado, fica um gostinho de derrota, de saber que poderíamos ter saído com a vitória. Também ficou claro que o Libertad não chega a ser um bicho-papão.
Experiência é a palavra-chave deste texto. O que sobrou contra o Madureira, faltou contra o Libertad. Agora, é bola pra frente; precisamos arrumar a casa pois temos um clássico e mais um jogo contra a equipe paraguaia pela frente. Dois jogos em que temos totais condições de saírmos vitoriosos. Nossa parte tem que ser feita corretamente na arquibancada ou em casa e correspondida igualmente dentro de campo.
Saudações Vascaínas!
