O clima descontraído tomou conta de São Januário após a despedida do Animal e a vitória sobre o Macaé na Taça Rio. Porém, é preciso lembrar que muitas coisas precisam ser corrigidas. Basta lembrar dos jogos contra Botafogo e Resende. O que fica subentendido é que o time só joga quando quer.
E é esse tipo de conduta que me preocupa. Isso ficou mais evidente na partida de ontem contra o Alianza Lima. Adversário mais fraco do grupo, sem técnica, presa fácil. Mas o Vasco, novamente, tornou tudo complicado. Time sonolento, os dois homens de criação - Felipe e Diego Souza - estavam mortos em campo, a bola não chegava em Alecsandro, não faziam jogadas pelas laterais. A ausência de Juninho ficou ainda mais sentida; Dedé parece ter sentido demais as dores na panturilla, apenas fez o feijão com arroz, o básico, nada mais que o necessário. Logo, a equipe peruana começou a tomar conta da partida, a gostar do jogo, trazendo perigo para um Vasco morno, desorganizado e sem vontade. Porém, o chute de Fellipe Bastos (mais o desvio adversário) trouxeram alívio para a nação cruz-maltina. Aliás, Bastos vem conseguindo jogar bem, algo que não acontecia há... nem sabia que isso já tinha acontecido antes de 2012 (risos).
E quando pensei que o time tomaria jeito, o segundo tempo foi ainda mais sofrido. Jogadores perdidos em campo; apenas Prass estava 100% focado no jogo, exercendo uma função de líder no campo. Felipe teve mais uma atuação apagada, sem maestria, tornando sem fundamentos os seus pleitos a titularidade. Vasco sem criatividade e aplicação tática; Alianza dominando o jogo. Mas o que aconteceu então? Chute certeiro de FELLIPE BASTOS (SIM, ELE MESMO!). 2 a 0. Tranquilidade renovada? Para o time. Tanto que deixaram de jogar para assistirem aos ataques do time peruano. Após uma falha grotesca de Renato Silva e um corte milagroso de Dedé, a bola sobrou e a equipe peruana marcou. 2 a 1. A partir daí, os anfitriões foram pra cima e o Vasco só não dormiu bem porque não tinha travesseiro. Vale a pena falar da loucura cometida por Cristóvão ao tirar Felipe para colocar Nilton. Seu sonho de consumo: quatro volantes em campo. Nenhum homem para criar jogadas, segurar a bola, organizar o time.. tudo que o Vasco precisava naquele momento! Logo Nílton protagonizou uma cena lamentável, agredindo um adversário na cabeça; expulso, sem mais nem menos. É, algo está errado.
Não apareci por aqui pois não tinha algo pra falar. Na verdade, precisava da hora certa. O dever em si foi cumprido: 3 pontos e a liderança provisória do grupo 5 da Libertadores. Apesar dos resultados, os métodos não tem garantido eficiência. E são esses métodos que aumentam minha preocupação. Abre o olho, Vascão!
Saudações Vascaínas!