Palmeiras x Vasco foi uma partida equilibrada entre dois times em ascensão. Para o Palmeiras, fica o lamento de não ter conseguido sua primeira vitória no Brasileirão (além da lesão de Luan); para o Vasco, ficam os contínuos erros que precisam ser reduzidos durante o campeonato.
Na primeira etapa, o Porco foi arisco, impetuoso, criando jogadas perigosas principalmente pelo lado esquerdo, com Juninho e Luan. O Bacalhau utilizava os lançamentos longos para atacar; porém, embora tivesse criado algumas oportunidades, o time não conseguia se encontrar, errando muitos passes e dando bobeira na marcação. Diego Souza e Éder Luís foram improdutivos; Juninho e Felipe pareciam não aguentar o rápido ritmo de jogo imposto pelo Palmeiras. Àquela altura, estávamos no lucro com o empate.
Incrivelmente, crescemos no segundo tempo, contrariando particularmente as minhas expectativas (ainda bem!) e deixando de lado a "maldição do segundo tempo", citada em textos anteriores a este. Voltando ao jogo, confesso que perdi o lance do gol do Palmeiras; acabei vendo-o durante a transmissão: Dedé, ainda fora de ritmo, caiu no gingado de Mazinho (assim como Fagner), que chutou cruzado e fez. 1 a 0. Um lance em que Dedé, se estivesse em totais condições de jogo, desarmaria o adversário com facilidade - agora aguenta a Globo mostrando esse gol zilhões de vezes! Porém, o Vasco reagiu logo em seguida, pressionando o Verdão, tentando acordar para o jogo. E, como um time copeiro, o Gigante empatou a partida - lembram do ditado "quem já foi rei nunca perde a majestade"? Então, Juninho Pernambucano, com um chute forte, cobrou a falta de forma precisa e deixou tudo igual: 1 a 1. Juninho mostrou que sua perna direita só estava "descalibrada" durante um tempo, marcando seu segundo gol de falta em dois jogos; mostrou também que ainda é o Rei da Colina!
Sendo assim, chego convicto à conclusão de que nenhum dos dois times merecia ganhar ou perder: o resultado foi realmente justo. Agora o Palmeiras tem uma semi-final de Copa do Brasil pela frente; o Vasco tem uma semana para se aperfeiçoar e mostrar que não é um cavalo paraguaio, mas um gigante em busca do título.
* Pequena observação: deixo minha insatisfação com a comissão técnica. Já tenho reparado há algum tempo que andam "queimando" o Bárbio no Vasco e neste jogo tive a prova. William não é um craque, nem uma jóia do futebol: é um jovem atleta com potencial, que precisa de mais chances e de "elaboração". Espero que não estejam fazendo com ele o que fizeram com Max, após o 1º jogo contra o Nacional na Libertadores e de forma injustificada.
Saudações Vascaínas