Enfim o Vasco foi derrotado pela primeira vez neste Brasileirão. Até então, o time só havia pago pelos erros frequentemente cometidos durante o Carioca (nas finais) e a Libertadores. No caso do Brasileirão, não lembro de ter visto uma partida do Vasco até agora sem uma grande falha.
O Cruzeiro deixou sua proposta de jogo bem clara, desde o início: chamar o Vasco pro ataque e contra-atacá-lo com rapidez. Jogando diante de sua torcida, que lotou São Januário, a equipe cruzmaltina passava muito tempo na área da defesa cruzeirense mas não era eficiente nos últimos passes; logo, o time não conseguia finalizar. Esta foi a situação predominante do jogo. Os dois times entraram em campo com 3 volantes: cautela típica de visitante, por parte de Roth; falta de ousadia típica de Cristóvão. Para piorar, Éder Luís (há alguns jogos, na verdade) e Alecsandro foram pífios, destruindo qualquer jogada ofensiva criada pela nau vascaína. Diego Souza e Felipe se esforçaram mas não conseguiram render o esperado; Fagner e Rômulo estavam jogando bem mas o resto do time não estava na mesma sintonia. Que o diga Prass: ao lado de Éder Luís, protagonizou um lance grotesco que terminou com um golaço de Montillo.
No início do segundo tempo, o Vasco ainda não tinha acordado. Resultado: contra-golpe veloz do Cruzeiro, que pegou a defesa vascaína totalmente desorganizada; Wellington Paulista foi um pouco mais rápido que Rodolfo, dominou a bola, levantou a cabeça, viu Prass adiantado e o encobriu. 2 a 0. Há um bom tempo o Cruzeiro se sente em casa quando joga em São Januário, não dá pra entender. Como sempre, o Gigante acordou depois do (segundo) gol e marcou o de honra com Rodolfo, que merecia fazer um gol para coroar a boa fase. De nada adiantou tal reação pois ela foi rapidamente abafada por mais um vacilo da defesa vascaína, que deixou Tinga livre pra cruzer; Anselmo Ramon estava tão livre quanto para marcar. 3 a 1. Com o final do jogo, ficou claro que existe uma "Juninho-Dependência" dentro do plantel cruzmaltino, que saiu de campo sob vaias justificadas. Afinal, onde estava o Vasco cascudo, com sede de vitórias?
Bem, ele ainda está lá, pronto pra despertar mais uma vez. Que desperte logo pois precisamos provar novamente para todos (e para nós mesmos) que 2012 tem tudo pra ser o ano do Penta.
Saudações Vascaínas!