Vai com Deus, Marlone
  Neste sábado, 16 de Novembro de 2013, foi publicada a notícia de que o Vasco vendeu os direitos econômicos de Marlone a uma dupla de empresários. O clube tinha 60% do passe do garoto. O que isso traz de novo? Quantas vezes não vimos uma situação parecida com essa? Não era esse o rumo que gostaria de dar a este texto.

  A questão é que um jogador, "o" jogador do time na temporada, que é Vasco, tem a cara do Vasco, está indo embora por mais uma merreca, por ser funcionário de uma instituição comandada por gente que não a respeita. Eu estaria sendo ingênuo demais se cogitasse a vontade do próprio Marlone de deixar o clube. Mas como posso levar em consideração tal vontade quando a própria diretoria faz uma proposta ridícula de renovação com o principal nome do time na temporada? Não é fácil de engolir.

  Essa é só mais uma das brilhantes transferências cruzmaltinas nos últimos anos. A compra dos passes dos craques Éder Luís e Fellipe Bastos, a transferência de Diego Souza para o futebol árabe (lembrando que o Vasco não recebeu NADA pela saída de Diego; tomou calote e ficou por isso mesmo), as vendas repentinas de Allan e Rômulo, além da traumática saída do último ídolo vascaíno, Dedé. Sem contar as contratações de peso: Wendel, Nei, Cris, Francismar, Robinho vulgo amigo do Dedé, Filipe Soutto e o goleiro de marca Michel Alves. Com exceção de Soutto, todos esses citados são jogadores velhos, que nunca se firmaram em lugar algum (talvez só Wendel, na época do Bordeaux), e de baixo nível técnico. Mas não vamos entrar mais no mercado da bola.

  Se apenas transferências ruins fossem os principais problemas do clube, eu estaria feliz. Hoje eu não posso ver um jogo do Vasco pois o estresse que sinto acaba perdurando por dias. Hoje eu e outros vascaínos não nos sentimos à vontade em uma discussão sobre futebol, seja na Internet ou em um boteco. Por quê? Porque eclipsaram toda uma história gloriosa e qualquer alegria mínima com um presente caótico, um futuro tenebroso, além de qualquer notícia que quebre qualquer bom momento vivido por time e torcida. É algo que já falei no texto anterior, mas difícil de não repetir. Não é possível continuar se apegando ao passado diante de um hoje tão aterrador. Amanhã temos um jogo contra o nosso maior algoz nos últimos anos, jogo este em que temos de vencer ou vencer. É hora de ficar apegado ao amor que todos nós sentimos ao Gigante, e só isso importará, independente de resultado. Um abraço a todos.

PapoCruzmaltino

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